data-filename="retriever" style="width: 100%;">Você alguma vez já se perguntou qual a razão de estar aqui, vivo, habitando esse corpo que você vê no espelho diariamente? Você deixa esse "milagre" da vida, da sua vida, por conta de quê? De Deus? Do acaso? Ou de uma outra motivação desconhecida? Não sei a sua resposta nem o que você imagina para ter nascido e estar aqui vivendo neste mundo de dificuldades para uns, de bons momentos para outros e de muito sofrimento para outros, ainda. Como eu disse, eu não sei a sua resposta, mas eu, por minha vez, penso que ninguém nasceria aqui na Terra, se não existisse uma finalidade, uma causa muito importante e muito relevante para tal. Eu diria, até, que por uma finalidade divina.
Somos, absolutamente todos, indistintamente, seres em um longo processo de desenvolvimento de valores na busca do crescimento rumo à perfeição relativa. Sim, relativa, porque perfeição absoluta somente Deus. Os valores, porém, que compõem essa perfeição, exatamente por ainda estarmos matriculados nos primeiros degraus da escala da evolução espiritual, estão adormecidos em nós, aguardando os meios apropriados para a sua manifestação. Mas, como a natureza não dá saltos, o progresso, o desenvolvimento, o despertar, acontece de forma lenta, diria, até, muito lenta, mas progressiva, de etapa em etapa, passo a passo, mediante a incorporação de hábitos salutares agregados ao comportamento ao longo da jornada.
Erros e acertos, percalços e dificuldades, bons e maus momentos, todos esses ingredientes fazem parte desse aprendizado e não são, como podem pensar alguns, castigos divinos, pois que, como espíritos imortais que somos, todos, indistintamente, passamos por vários estágios de aprendizado no vasto currículo da vida. O caminho da evolução é longo e, por vezes, até doloroso, tanto quanto é, guardada as devidas proporções, a caminhada de um aluno quando entra na universidade até o momento da formatura. Mesclam-se, nessa caminhada, tanto do aluno universitário como do homem na escola da vida, diversos obstáculos, múltiplas dificuldades, mas, também, infinitos momentos bons que temperam a longa trajetória do espírito. Os obstáculos da vida não devem ser encarados como castigos e sim como estímulos para vencê-los. Estamos aqui, ao contrário do que muitos podem imaginar, para aprender, mas também para reparar e, em aprendendo e reparando, desenvolvermos novas aptidões e novos recursos que nos permitirão avançar com mais confiança dentro do nosso destino que é sermos espíritos do bem.
O ser humano que se destaca pela capacidade de pensar e agir no bem e que, com certeza, você conhece algum, já ultrapassou, em etapas anteriores, os momentos mais turbulentos do espírito nesta longa jornada do aprendizado espiritual. E este novo hábito de conduta instala-se na sua natureza tornando-se característica integrante e contínua do seu comportamento, pois que todas as construções mentais superiores, que produzem hábitos saudáveis, se renovam com o crescimento do ser. Infelizmente, por desconhecimento do verdadeiro sentido da vida, muitas vezes, frente a algumas frustrações, somos levados à dependência emocional produzindo tabus, acreditando em amuletos e crenças supersticiosas.
Tão importante quanto é para o corpo a alimentação saudável, é, para o emocional, a reflexão e a análise racional. A primeira atende as células do corpo material e a segunda ao espírito que habita, temporariamente, esse mesmo corpo. A vida física é uma experiência valiosa e iluminativa que enfrenta vários desafios no seu processo de crescimento, exigindo esforços que nos façam crescer e evoluir, e não sofrer e regredir. Por isso, separar o absurdo do razoável, o lógico do irracional, é condição necessária para você compreender a lógica da vida, ao contrário de alguns (ou serão muitos?), que nascem, vivem e morrem sem entender o verdadeiro sentido da vida, conhecimento este que é prioritário para se ter uma vida guiada por um leme e não por uma vela impulsionada ao sabor do vento. A propósito, e muito respeitosamente, permita-me deixar uma pergunta para a sua reflexão: a sua vida é guiada pelo leme ou pela vela?